“A qualquer dia, a qualquer hora, vou estoirar, pra sempre.” É assim que começa “À minha maneira”, a música dos Xutos & Pontapés escolhida para a apresentação de Cristiano Ronaldo em Madrid. E não poderia ser mais a propósito. Depois de uma época de estreia goleadora (28 na liga espanhola e 5 na Champions), o início de 2010/11 mostrou um CR7 triste, em evidente divórcio com a baliza. Mas se o homónimo brasileiro é o Fenómeno, o português não fica atrás e na receção ao D. Corunha explodiu todo o talento. O sorriso regressou e o Bernabéu assistiu a uma serenata à chuva, que culminou com 35.º bis da carreira, praticamente 8 anos após o memorável Sporting-Moreirense.
No primeiro jogo a titular com a camisola dos leões, em outubro de 2002, marcou o 2.º da vitória (3-0), após passar por dois adversários, e o 3.º, de cabeça. A mãe Maria Dolores não aguentou as emoções e desmaiou nas bancadas. Depois seguiu-se a aventura no Manchester United, pelo qual bisou por 21 vezes, estreando-se num 4-2 ao Arsenal, em Highbury.
Na temporada passada, já com a camisola blanca, bisou por oito vezes, curiosamente duas frente ao Marselha, para a Champions, e mais duas diante do Xerez, na liga espanhola.
De Ronaldo, disse Mourinho em julho, “esperam-se assistências, golos, golos importantes, golos decisivos. Não se pode esperar outra coisa”. E, horas depois de Messi exibir a Bota de Ouro em Camp Nou, CR7 comprovou cada palavra de El Especial e terá reencontrado a paz de espírito para outra época de sucesso. A sua imagem de marca.
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