Depois de Di María, o Benfica tem em mãos um novo potencial diamante proveniente da Argentina. A opinião é de Carlos Ischia, técnico que resgatou Nicolás Gaitán das reservas do Boca Juniors para a equipa principal, mas que também guiou a explosão de Di María no Rosario, em 2007. Um é do Real Madrid e uma certeza na seleção alviceleste; o outro está no Benfica e voltou a ser chamado à equipa das Pampas.
“Têm características muito parecidas, mas não são iguais. O Di María estava a jogar como volante quando cheguei ao Rosario. Falei com ele, disse-lhe que queria que alinhasse na ala esquerda e tivesse poucas preocupações defensivas. A partir daí explodiu e acabou por ir para o Benfica. O Gaitán é semelhante. É veloz, tem técnica, remata bem é um agitador por natureza. Pode seguir o mesmo caminho de Di María”, revelou Ischia em conversa com Record.
O técnico argentino, de 53 anos, alerta que o Gaitán ainda tem de “evoluir taticamente e adaptar-se às exigências do futebol europeu”, mas “tem tudo para afirmar-se e ter um futuro radioso”.
“É um jogador com características muito raras. Vi recentemente um jogo do Benfica no qual ele alinhou no lado direito e penso que não pode jogar ali. Tem de estar encostado à esquerda e ter poucas preocupações defensivas. É muito forte no 1x1 e a criar desequilíbrios. Tem de ter liberdade”, considerou.
Olho de lince
Gaitán foi formado no Boca Juniors, mas foi o olho clínico de Ischia que possibilitou a sua afirmação. “Quando cheguei, observei as reservas para ver se havia algum possível reforço. Chamei ao Gaitán à equipa principal e, em pouco tempo, demonstrou que não me tinha enganado. É extraordinário”, frisou.
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