«Sou um catedrático do futebol»
No discurso de Jorge Jesus, pela primeira vez no Fórum de Treinadores de Clubes de Elite da UEFA, sempre a palavra Benfica.
«É por ter sido campeão nacional na época passada que estou aqui, pois vamos disputar a Liga dos Campeões. É uma experiência nova que muito me está a agradar. Que discutimos hoje [ontem]? Questões técnico-tácticas da Champions e Mundial. Houve uma discussão interessante na qual se revelaram ideias diferentes», disse o técnico encarnado, sorridente, como se a presença na sede da UEFA, onde decorreu o encontro de alguns dos mais mediáticos treinadores do futebol europeu, fosse o reconhecimento máximo de uma carreira já com duas décadas.
«Este foi um trajecto difícil... Ao longo destes 20 anos, as minhas capacidades foram bloqueadas por outros assuntos marginais. Como sempre afirmei, sou um catedrático do futebol. De outras ciências não percebo, mas de futebol... A presença de três portugueses neste Fórum? É a prova, como há muito digo, de que os nossos técnicos estão no top no que concerne às metodologias de treino.»
Tecnologias? Às vezes...
A introdução de novas tecnologias como forma de ajudar a equipa de arbitragem na hora de decidir, tema que marca a agenda, sobretudo após os erros grosseiros que se viram no último Campeonato do Mundo, cujo exemplo mais flagrante foi o golo não validado a Lampard no Inglaterra-Alemanha (a bola entrou dois metros na baliza de Neuer), também mereceram atenção de Jesus: «Não sou totalmente a favor... Para ver se a bola passou a linha de golo concordo em absoluto. Em relação ao fora-de-jogo e lances de possível grande penalidade, discordo, dado que nestes casos as decisões são igualmente de seres humanos.»
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