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Decorria o minuto 44 no La Romareda quando o árbitro Ramírez Domínguez assinalou uma falta sobre o alemão Mesut Özil, aproximando-se de imediato Ronaldo para pegar na bola e preparar novo tomahawk. Segundos depois, a bola entrou direitinha na baliza de Léo Franco, que ficou pregado ao chão a observar o lance de génio do internacional português.
Foi o 10.º golo de livre direto de CR7 com a camisola do Real Madrid – num total de 26 já apontados em toda a carreira – quando ainda nem cumpriu metade da 2.ª temporada no Bernabéu, ficando neste momento a 2 golos de livre direto dos apontados na época transata.
Um tiro a 105 km/h em folha seca, fazendo a bola sobrevoar a barreira e descer de imediato para não dar qualquer hipótese de reação ao guarda-redes argentino do Saragoça.
Não superou o melhor
No final do jogo, Ronaldo estava satisfeito com o golo apontado, afirmando que já havia entrado para a bela coleção de livres diretos.
“Fiquei muito contente com o meu golo, foi muito bonito para a minha coleção. Estou feliz por termos cumprido o objetivo”, disse o internacional português, de 25 anos.
Mas o fantástico tiro que deu o 2.º golo em Aragão não destrona, ainda assim, o melhor golo de livre direto da carreira. “Não foi o melhor de sempre”, disse CR7, que já elegeu, há muito tempo, o melhor golo que apontou de livre direto: a 5 de maio de 2009, o Manchester United deslocou-se ao estádio do Arsenal para a 2.ª mão das meias-finais da Liga dos Campeões e CR7 apontou um soberbo golo de livre, a mais de 40 metros da baliza de Almunia.
Considerando que Ronaldo leva 56 golos com a camisola blanca em 58 jogos, pode dizer-se que o avançado português marca um tento de livre direto por cada seis que festeja.
CR7... metros
Para marcar estes golos, Cristiano Ronaldo tem um segredo e este tem dado resultado. Tudo por uma questão de... antecipação.
O internacional português treina os livres a 7 metros da barreira por uma razão muito simples: quando as faltas são assinaladas nos jogos, o árbitro orienta a barreira a 9,15 metros de distância, mas os jogadores que a compõem avançam sempre um metro ou dois assim que o juiz apita. Assim, quando Ronaldo remata, a barreira estará perto dos 7 metros, mas o treino é preparado especificamente para essa distância. Por isso é que, se a bola passa a barreira chega como um míssil à baliza adversária e o golo é uma realidade permanente.
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