Luís Figo, que representou o FC Barcelona entre 1995 e 2000 e o Real Madrid de 2000 a 2005, considera que os próximos quatro jogos em 18 dias entre os dois "colossos" do futebol espanhol são de resultado "imprevisível".
"Neste tipo de jogos é imprevisível o resultado final, independentemente de como cada equipa chega a estes encontros. Por isso eu antevejo muita intensidade nos duelos, um resultado imprevisível e aquele que demonstrar melhores aptidões em todos os sentidos, táticos e técnicos, acabará por ganhar", disse Luís Figo à Lusa.
O mais internacional futebolista português de sempre, com 127 jogos pela Seleção Nacional, minimiza o facto de esta época o Barça ter derrotado o Real Madrid no Camp Nou por 5-0, no jogo da primeira volta da liga espanhola.
As equipas orientadas pelo português José Mourinho e por Pep Guardiola voltam a defrontar-se no sábado para a liga espanhola, agora em Madrid, numa altura em que o FC Barcelona tem oito pontos de vantagem sobre o Real Madrid.
Na quarta-feira seguinte jogam a final da Taça do Rei de Espanha, em Valência, e depois têm o embate das meias-finais da Liga dos Campeões, primeiro em Madrid, em 27 de abril, e depois em Barcelona, em 03 de maio.
Quando questionado sobre se a goleada de 29 de Novembro refletia a diferença de valor entre as duas equipas, Luís Figo referiu: "Nesse dia sim... No resto, eu acho que são provas totalmente diferentes".
O actual director de relações internacionais do Inter de Milão, o clube onde em 2009 terminou a carreira, frisou que o campeonato é uma prova "mais de regularidade que não se ganha unicamente num jogo", enquanto a final da Taça é um único encontro e as meias-finais da Liga dos Campeões são disputadas em duas "mãos".
"São competições diferentes, são jogos também diferentes e a forma de jogá-los também tem de ser diferente, porque no campeonato tens tempo para recuperar, numa final da Taça não e numa eliminatória muitas vezes um golo fora vale muito. Por isso são posturas diferentes", frisou o antigo médio, agora com 38 anos.
Figo não aponta um favorito porque, para si, "neste momento é o Inter" e estes embates tanto podem ser decididos por estrelas como Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi como pela qualidade coletiva das duas equipas.
"Tudo influi. Estes jogos normalmente também são decididos por pequenos pormenores e os pequenos pormenores nas grandes estrelas podem decidir um jogo. Por outro lado, se uma equipa é tão superior, os pequenos pormenores não influem tanto, mas se há muita igualdade é o que acaba por acontecer", concluiu.
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