«Quero defender Messi. Pedi para que me telefonassem porque, no momento mais triste da minha vida [n.d.r. a mãe de Maradona encontra-se hospitalizada]. Quando vou à clínica ver a minha velhota não posso crer no que dizem todos esses ignorantes que falam pela rádio e matam-no».
«Quero fazê-lo porque joga sempre bem, porque sente a camisola da Argentina. Não podemos ser assim. Se ganha a Champions é o melhor de todos os tempos; mas, se a Argentina não ganha dois jogos é logo por culpa dele. A selecção não ataca em nenhum momento e metemos a culpa nele. Peço que tenham confiança em Messi, que tenham fé»,sustentou Don Diego.
«Messi vai dar tudo em qualquer momento, sem nenhum problema, e digo-o porque o conheço. Falei com ele esta semana e pedi-lhe tranquilidade, (...) não coloquemos a culpa em Messi, porque temos o melhor do mundo, um miúdo excepcional», prosseguiu Maradona, que relatou um episódio que ocorreu com ele antes do Mundial de 1986, conquistado pela selecção argentina:
«Antes do Mundial de 86 também tive jogos maus, era um desastre, criticado por 80 por cento dos jornalistas. E depois do Mundial não havia um que não me pedisse uma palavra», relembrou.
A terminar a entrevista, Maradona não deixou de criticar as opções de Sergio Baptista, técnico que o substituiu na liderança da selecção das pampas.
«Se colocas três médios defensivos para que o melhor do mundo nos salve, fintando sete jogadores, joga com quatro tipos e pronto, põe Romero (guarda-redes) e os quatro de trás. Rio-me muito quando dizem que tínhamos de jogar como o Barcelona, mas nós temos de jogar é como a Argentina, até porque não temos Xavi, Piqué, Iniesta», apontou.
«Messi tem de falar directamente com o treinador e dizer-lhe para colocar alguém que o entenda, com quem possa tabelar para ferir o adversário», aconselhou.
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