José Mourinho já tem equipa outra vez. Depois de ter estado a perder, por duas vezes, em casa, diante do Manchester City, o Real Madrid reclamou a vitória com dois golos nos últimos instantes da partida, com o «feliz» Cristiano Ronaldo a assinar o golo da preciosa vitória no primeiro jogo no Grupo D da Liga dos Campeões.
Depois de ter «perdido» a equipa em Sevilha, o treinador português procurou recuperá-la esta noite com duas alterações cirúrgicas, uma das quais de forte significado no seio do plantel merengue, deixando o conceituado Sergio Ramos no banco para colocar o jovem Varane ao lado de Pepe no eixo da defesa. A outra alteração serviu para atenuar o pendor ofensivo do campeão espanhol, prescindindo de Mezut Özil para ganhar consistência, mais atrás, com Essien a constituir um triângulo com Xabi Alonso e Khedira, oferecendo maior flexibilidade de movimentos ao alemão.
Mas o que mudou, acima de tudo, foi a atitude da equipa, pelo menos nos minutos iniciais, com Cristiano Ronaldo, a improvisar espaço para dois fortes remates, o segundo dos quais a contar com um desvio de Higuaín, para Hart brilhar entre os postes. O Real teve mais bola diante de um City redimensionado para jogar no Bernabéu, com Javi Garcia à frente da defesa e depois uma linha de cinco, ainda com Barry e Yaya Touré ao meio e apenas com Carlos Tévez lá na frente. Aguero, recuperado de lesão, ficou no banco e Balotelli nem isso. A equipa de Mancini, cautelosa, cedeu claramente a iniciativa ao adversário e esteve muito tempo a ver jogar. Nesta primeira parte contámos apenas um remate de David Silva.
Aí vêm os golos
A segunda parte começou nos mesmos moldes, com o Real com mais iniciativa, mas com um City bem consistente a defender. O jogo prosseguiu equilibrado e Mancini foi o primeiro a arriscar, trocando David Silva por Dzeko. Mourinho respondeu logo a seguir coma entrada de Özil para o lugar de Essien. O italiano foi o primeiro a sorrir depois de um grande lance de Yaya Touré que se libertou de três adversários, combinou com Tévez e serviu Dzeko para o primeiro da noite. Mourinho não esperou muito para lançar Modric e Benzema, de uma assentada e, depois de Yaya Touré ter desperdiçado o segundo do City, Marcelo empatou. O lateral já tinha experimentado o remate de longe por duas vezes e, à terceira, com o pé direito, atirou a contar, com a bola a deslizar nas costas de Javi Garcia antes de encontrar as redes de Hart.
O jogo que tinha provocado poucas emoções até ao momento, acelerou e o City voltou a marcar, na sequência de um livre inofensivo de Kolarov em que ninguém tocou na bola, nem Casillas. O Real voltou a responder rápido e empatou, dois minutos depois, por Benzema. No último minuto, os merengues passaram, finalmente, para a frente, com um remate cruzado de Cristiano Ronaldo. José Mourinho saltou do banco eufórico. Já tem equipa outra vez.
FICHA DO JOGO
Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid
Árbitro Damir Skomina (Eslovénia)
Assistentes: Primoz Arhar e Matej Zunic
Quarto árbitro:Bojan Uli
REAL MADRID: Casillas; Arbeloa, Pepe, Varane e Marcelo; Khedira (Modric, 73m) e Xabi Alonso; Di Maria, Essien (Özil, 65m) e Cristiano Ronaldo; Higuaín (Benzema, 73m).
MANCHESTER CITY: Hart; Maicon (Zabaleta, 74m), Kompany, Nastasic e Clichy; Javi Garcia; David Silva (Dzeko, 63m), Yaya Touré, Barry e Nasri (Kolarov); Tévez.
Ao intervalo: 0-0.
Disciplina: cartão amarelo a Javi Garcia (52m), Kompany (70m).
Marcadores: Dzeko (68m), Marcelo (76m), Kolarov (85m), Benzema (87m) e C. Ronaldo (90m).
Resultado final: 3-2.
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